Um vídeo de um bebê recém nascido "andando" apoiado em uma enfermeira deslumbrada (que chama a colega, que filma, que chama outra colega) tem mais de 77 milhões de visualizações.
Estranho modo de chegar ao mundo, sendo objeto de deleite de adultos que deveriam (minimamente, já que conhecem recém nascidos) saber que esse reflexo é perfeitamente natural.
E que deveriam, (minimamente, já que trabalham com seres humanos) respeitar os momentos importantes de vínculo entre mães e filhos no pós parto imediato.
E a mãe dessa criança, cadê? Ela sabe que as enfermeiras estão de brincadeirinhas com o filho dela? Ela liberou essa experiência? Foi dada a ela o direito de banhar o próprio bebê? Se ela estivesse no lugar de banhar o filho, teria-o tratado como brinquedinho animado, para alegria dos funcionários do berçário? Ela pode curtir essa chegada com respeito, do alto soberano de suas escolhas, ou esteve à mercê dos cronogramas hospitalares, que permitem até recém nascido a...